quinta-feira, 29 de abril de 2010

A MPB está mais rica com Diego Moraes

Cantor de Piracicaba pensou que fosse morrer cantando para gente bêbada.

É sábado de manhã na passarela Nego Quirido, no Centro da Ilha catarinense. Chuva vai e vem. O Sol parecia estar com preguiça de dar o ar da graça em Desterro. Mas quem queria mesmo aparecer para cantar e encantar era Diego Moraes. O rapaz de 23 anos, que foi vice-campeão de um reality show de música, surge cantando Garçom – sucesso na voz de Reginaldo Rossi. Nascido em Piracicaba, no interior de São Paulo, o jovem despojado, estiloso e com traços marcantes criou gosto pela música e a perceber que levava jeito para a coisa quando a família o incentivou a cantar num coral de uma igreja.

Filho do meio, de três filhos que o casal Maria Anita e José Dimas (in memorian) fizeram, Diego Moraes começou a estudar piano aos 7 anos de idade. As influências do moço formaram parte do que ele se tornou musicalmente. Dentre as tantas personalidades que o inspiraram estão sua mãe, Adriana Calcanhoto, Elis Regina, Maria Rita, Gilberto Gil, Cássia Eller, Billie Holiday, Amy Winehouse e Ray Charles. Ele mesmo considera difícil nomear as pessoas que fizeram parte de sua trajetória musical.

Muita coisa foi precoce na vida de Diego. Aos 16 anos ele começou a perceber que tinha uma voz um tanto peculiar para se cantar. Nesse vai e vem da vida, o rapaz, que logo se mostrou independente, foi morar durante dois anos no Mato Grosso. Lá ele começou a adquirir a experiência ao cantar em barzinhos. MPB era o estilo de música que cantava pelas noites de Juara. E logo aos 20 anos, ele se deu conta de que poderia viver, se sustentar com o ofício. Fazendo arte. Fazendo música.

Na conversa agradável com Diego, perguntei quem ele era antes de chegar aonde chegou. Pensativo, calmo, ele responde. “Eu era estático, preguiçoso, acomodado e pensei que fosse viver o resto da vida cantando para pessoas bêbadas”. Muito educado, ele pede desculpas por estar se sentindo meio “vazio”. Um dos primeiros lugares que Diego começou a expor o seu dom para cantar foi na Banda Vibe Jam – uma banda que tocava de Amy Winehouse a Ivete Sangalo como o próprio também comentou.

O cantor disse que estava com saudades de casa, pois há 20 dias ele havia saído em turnê pelo país e sentia falta de sua cama, seu cobertor, de fazer faxina e comprar pão na padaria do bairro em que mora, em Campinas. Sim, ele ainda leva uma vida simples como qualquer um de nós e pretende levá-la até o fim da vida.

Em 2008, o também intérprete disse que fez inscrição no mesmo reality show, mas que não havia passado. Inquieto, desafiador e provocador de si, ele queria testar. Testar a própria capacidade e até onde iria chegar com o desafio lançado. Qual o desafio? O mesmo. O de se inscrever no reality show novamente em 2009 e ser aprovado. “Eu realmente pensei que não fosse conseguir. Uma amiga minha fez a inscrição por mim. E eu fui. Confesso que não pensei que fosse chegar tão longe”, relata o 2º colocado da competição que reuniu milhões de cantores do Brasil.

O então Diego Del Vale, como era chamado antes da fama, recebeu uma injeção de ânimo. Tudo corre muito bem, obrigado. Inclusive no nome. Diego Moraes surgiu por um acaso. “O apresentador do programa me chamou assim e eu pensei: ‘esse deve ser eu’, então ficou o Moraes mesmo”, explica. Hoje, o piracicabano tenta da melhor maneira possível otimizar seu tempo entre viagens, turnês e atenção a família, amigos e fãs. Sim, os fãs fiéis que ele conquistou Brasil a fora.

Prestes a lançar o primeiro DVD da carreira, com músicas inéditas, releituras e participação especial de Paula Lima e Taís Reganelli, Diego Moraes ainda tem um sonho a realizar. “Um dia quero cantar no Montreal Jazz Festival”, confessa. Os outros sonhos que ele idealizava, os objetivos, as conquistas, dia a dia estão sendo alcançados. Como o de sair cantando por aí.

Com uma identidade forte, expressivo e dono de uma voz inconfundível o cantor acaba deixando escapar o que seria o óbvio. “Eu não queria ser outro. Queria ser eu. Nunca cheguei a lugar algum para ser mais um”, reclamou. Diego Moraes não seria uma boa referência para ser apenas mais um, ele seria sim, sem sombra de dúvidas, uma soma e uma multiplicação da música, da arte e do canto.

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Roubado por um Beijo Bandido


Ney Matogrosso encanta público que lotou a Arena Centrosul, ontem, em Florianópolis.

Um dia 20 de abril especial. Por várias razões. Para muitos foi uma véspera de feriado ideal para começar aquela dieta que sempre é adiada, para organizar algumas coisas que estavam pendentes no escritório, para fazer faxina em casa, para rever uns amigos, para ir à praia, para um encontro casual ou para assistir ao novo show do Ney Matogrosso, na Arena Centrosul, no centro da Ilha de Santa Catarina. A plateia que esteve no espetáculo se sentiu roubada, invadida, provocada com o show Beijo Bandido. Foi uma afronta ao encontro com a excelência vocal e a presença do cantor de 68 anos de idade.


Diferente da última turnê Inclassificáveis, que trazia um Ney fantasiado, mais Secos e Molhados, mais roqueiro, mais pop, mais dançante, o show Beijo Bandido, mostrou uma versão mais provocante do cantor e mais intimista, por mais clichê que seja quando se trata de Ney Matogrosso. Quatro músicos estão no palco – Violino, Cello, piano elétrico e percussão. Eis que surge, de terno e gravata, com uma elegância incontestável o camaleão como também é conhecido o intérprete. Aquele que alguns viram ano passado, última vez que esteve em Desterro, todo fantasiado interpretando um repertório que passeava sobre coisas inclassificáveis como a mistura de raças do povo brasileiro.

Agora o repertório estava recheado de clássicos da música popular brasileira. A canção de abertura Tango para Tereza, de Altemar Dutra, deu o tom de como mais ou menos seriam os momentos de provocação (peço a licença para não chamar de show agora). A iluminação e as imagens que apareciam num telão que servia de cenário no fundo palco foram um atrativo à parte, mas nada de roubar a cena de um dos maiores intérpretes que o Brasil tem. Tudo parecia uma soma. Som super delicado, iluminação linda, cenário rico e Ney Matogrosso é igual a um espetáculo de 1 hora e 40 minutos que dá gosto de ver e rever. Ainda com direito a 4 Bis. O povo fez barulho. Ninguém queria ir embora.

Devo confessar que a música Fascinação, versão feita por Armando Louzada, que geralmente é cantada por mulheres, ficou de uma delicadeza só na voz do cantor. Recomendo que ouçam. O sucesso Não faça assim, composto por Herbert Vianna e Paula Toller, também ganhou uma versão de arrepiar. E falo como crítico e músico. Para os que tiveram a oportunidade de assistir e para os que ainda vão apreciar as interpretações do artista, repito, foi incrível e vale à pena.

No show Beijo Bandido você se sente roubado, provocado, tocado e tantos outros adjetivos que serviriam, mas não cabem aqui, para descrever o sentido real da experiência que muitos na Ilha viveram ontem.

Só mais uma coisa: tudo o que foi dito acima é uma constatação. Quando se trata de Ney Matogrosso, precisamos tomar cuidado para não sermos pretensiosos por não admitir que ele é sim um dos maiores nomes da música popular brasileira. Vida longa ao Camaleão.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Será que ela conversou com Caetano?

O que também aconteceu na noite de quinta-feira (4), em que a musa do pop Beyoncé passou por Desterro foi uma leve quedinha. Dizem que ela andou conversando com Caetano Veloso e aderiu a moda de cair no palco. Na verdade a diva ainda não aprendeu direito com o mestre baiano. Nem foi uma queda. Foi uma pisada no gato, digamos assim.

Veja o vídeo...

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Gadu virou sinônimo de bom gosto


Ter bom gosto para a música é uma questão de escolha. Geralmente, por mais relativo (palavra chata!) que seja, ouvir uma boa música implica em muitas coisas. Uma delas é ouvir uma menina de 23 anos, que nasceu em São Paulo e tem uma voz inconfundível. Maria Gadu apareceu ano passado para marcar uma nova era de compositores e intérpretes de talentos inquestionáveis.

Ontem (7), o último dia do Floripa Tem – evento que acontece no verão em Florianópolis, em vários pontos da ilha e um deles na embaixada da Praia Brava, Norte da Ilha - trouxe a jovem cantora para o encerramento da temporada de 2010. Foi um pocket show regado à músicas de altíssimo nível. Quem esteve por lá pôde conferir. O que ouvimos foi a confirmação de que teremos que “aturar” por muito tempo (esperamos que sim) uma jovem que esbanja uma dávida.

Me impressionou o número de adolescentes na plateia. Fiquei contente. Será que essa nova geração está mudando os gostos musicais do “tuts tuts” para algo mais, digamos, requintado? Ou estão conciliando? O mais prazeroso ainda foi ouvir o povo gritar pela canção “Ne Me Quitte Pas”, eternizada na voz da cantora francesa Simone Langlois e pela brasileira Maysa Matarazzo, que ganhou uma nova cara com Gadu.

As releituras de “lanterna dos afogados” e “trem das onze” foram também um dos clássicos executados de forma bem moderna e particular por Maria.

Querendo ou não, a menina é um destaque. Ela quase não se mexe do banquinho em que canta, mas nem precisa. Não posso negar e muito menos poupar adjetivos para a moça e para a situação em que vivemos na tarde ensolarada de domingo. Esperamos a pequena notável e simpática pousar na ilha novamente. Como ela mesma prometeu. “A gente se vê em abril!”.

Vamos aguardar o mês de abril, então.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Baixou a Sasha Fierce na Ilha Catarinense


Em Desterro, na quinta-feira (4), precisamente no Parque Planeta, na SC-401, Norte da Ilha de Santa Catarina, às 22h17, com um calor de cerca de 33º, baixou a entidade Sasha Fierce – ou o alter ego da cantora, que logo gritou: “Floripa!” para dizer que estava no local. Estou falando da maior diva pop da atualidade. Beyoncé. Aquela que ganhou seis grammys, no último domingo (31), e entrou para a história como a mulher que mais recebeu o gramofone numa noite.

A moça estava possuída na Ilha da Magia para a abertura da “I am... tour” no Brasil. Com 17 minutos de atraso, a musa pop levou ao delírio cerca de 25 mil pessoas que cantaram e suaram, mas suaram a camisa para vê-la.

Os primeiros acordes do show foram um trecho de “Deja vu”. No abrir das cortinas, de repente, com um modelito dourado, glamouroso, surge ela para cantar um dos primeiros sucessos da carreira solo: “Crazy in love”. O telão, que servia de cenário e cobria o fundo do palco inteiro, foi um show à parte. Vez em quando a bela cintura da moça aparecia. Há quem diga que algumas moças ficaram com inveja. Mas tudo estava digno de um mega show internacional.

O que também ficou bastante evidente foi um dos instrumentos principais da cantora: a voz. A americana mostrou que sabe cantarolar e ter o controle total do gogó no momento em que cantou “Ave Maria”, por mais que muitos tenham achado um tanto exagerado, não a voz, mas o vestido meio “virgem” da musa soul.

Os dançarinos também deram um show nas coreografias mega sincronizadas. Cerca de 15 bailarinos interagiam com a cantora em quase todas as músicas. Em um momento Beyoncé deu uma escorregadinha, mas nada que abalace a qualidade do espetáculo. A morena se levantou e continuo cantando e dançando lindamente como se nada tivesse acontecido.

A eletrizante banda Suga Mama, composta só por mulheres, deixou alguns músicos presentes embasbacados. Porque simplesmente arrasaram. Principalmente quando cada uma mostrou os seus dotes. O trio vocal (The Mamas) lembrava muito aquelas cantoras gospel de corais americanos. Tudo altamente sincronizado e, repito, perfeito.

Um dos pontos mais altos do show foi o sucesso da atualidade da cantora, “All The Single Ladies” (Put a Ring on It). No telão, apareceram diversas pessoas fazendo a coreografia que virou mania no youtube, inclusive, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Foi contagiante. O público também tentou dançar e mexer a mãozinha como pôde.

A diva pop marcou a história de Santa Catarina e disse que estava feliz por estar no Brasil. O final estava chegando. No mega telão, surge o maior astro da música pop mundial - Michael Jackson. Os acordes de “Halo” embalou a multidão que ouviu a cantora dizer: “ele influenciou a minha carreira”. Emocionante.

Como diriam os umbandistas “canta pra subir”. O povo não queria “cantar pra subir” não, mas a entidade Sasha Fierce subiu, as cortinas se fecharam e ela terminou dizendo: “I am... Yours”.

A única coisa que todos sentiram foi os cerca de 40 minutos de show que ficaram faltando. O que foi divulgado foram duas horas e meia de apresentação, mas o povo presente olhou para o relógio e percebeu que tudo tinha acabado alguns minutos antes. Mesmo assim, valeu a pena ter esperado a maior cantora pop da atualidade sacudir Florianópolis.

São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador que preparem o terreiro, porque Sasha Fierce vai baixar.


Não brilhou

O que infelizmente não brilhou na abertura da turnê da cantora no Brasil foi a falta de segurança. Vários delitos foram cometidos, como: furto, roubo, etc. O pior de todos os casos foi o roubo de um estacionamento inteiro com alguns carros roubados. Lamentável. Daqui a pouco divulgo números.

O preço da água era o que a maioria também reclamava. Antes do show da diva custava R$ 5 (E o preço estava estampado na camiseta dos vendedores ambulantes), depois que a mulher entrou para cantar a água passou a custar a bagatela de R$ 8 (Agora com os ambulantes desfilando com a camiseta do avesso. Por que será?).

Muitos murmúrios se ouviam também sobre o chão do local. Cheio de britas e super desconfortável. Quem era mais de estatura baixa, se caísse no azar de ficar num lugar mais baixo, estaria arruinado. Não conseguia ver quase nada. Vi muitos fazendo montinho da pedra fragmentada para ficar um pouco maior. Horrível.

Também ouvi dizer que houve bafafá – lê-se baixaria, barraco, confusão, no camarote. Eu garanto que também vi gente clamando por um ar condicionado no local. Ainda bem que LHS e esposa estavam lá e viram as condições do tão falado Parque Planeta que futuramente vai se tornar um condomínio de luxo. Se bem que não sei se notaram mesmo. Enfim, eles estavam se divertindo. Dia de folga.

Deu para notar que a ilha não está tão preparada assim para receber eventos desse porte. Há muito a se fazer.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A religião e a arte

O mais recente livro do escritor português José Saramago Caim lançado hoje (19) já está tendo grande repercussão. Na edição desta segunda-feira, em entrevista exclusiva para o jornal diário catarinense ele afirmou que “O ser humano costuma inventar coisas absurdas e Deus é a maior dessas invenções”. O escritor que já ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 tá pouco se lixando para o que vão achar ou não da obra nada religiosa. Pois bem, o senhor que mora numa ilha espanhola isolado de tudo e todos, talvez queira mostrar o lado artístico também de ser um herege ou não. Caso contrário, ele não se incomoda em divulgar ou vender para um público que não lhe interessa. "Admito que o livro pode irritar os judeus, mas pouco me importa."

Em Madri a arte envolvendo a religiosidade, de uma forma bem particular, também deu sua contribuição para a polêmica. As Associações espanholas de defesa dos direitos dos homossexuais lançaram hoje um Calendário laico, assim batizado. O calendário, com imagens bastante conhecidas como as Aparições da Virgem Maria, mostra várias santas como Travestis, Drag Queens ou Transexuais.

Confira todas as fotos das obras coloridas e religiosas clicando aqui.

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Está no ar a canção inédita do rei do pop

A Sony Music divulgou ontem (12), o novo single This Is It do rei do pop Michael Jackson. A canção pode ser ouvida no site oficial do cantor, que morreu no dia 25 de junho deste ano.

Muita gente achou uma palhaçada toda a parafernália que cercava os seguranças que chegaram de óculos escuros e trouxeram a música com uma das mãos algemadas a uma maleta. Se foi exagero ou não, eu deixo para você julgar, mas, pense comigo: todo o rei merece segurança máxima e holofotes em tudo o que faz. Com ou sem exageros. Deu certo! Em apenas dois dias de lançamento, a música já virou hit em todas as rádios dos Estados Unidos.

Tudo isso é uma prévia do novo álbum duplo do artista que será lançado no dia 27 deste mês.
Apesar de me considerar suspeito para desferir qualquer comentário, eu me sinto no direito de dizer que a música é bela e muito bem orquestrada. Tem o vocal dos irmãos Jackson’s também. A data da gravação não foi divulgada pela Sony, só que eu e uma grande parcela do público desconfiamos que ela tenha sido gravada em 1983.

O canto Paul Anka andou dizendo que Jackson ‘roubou’ a canção dele na época, quando ele produzia um CD de duetos em 83. Mas, na realidade, o que existia era uma parceria. Em 1990 a cantora latina Sa-Fire gravou a canção I never Heard em que o Sr. Jackson e o Sr. Anka aparecem como co-autores dessa versão apresentada no começo da década de 90. Os herdeiros do cantor já corrigiram a falta de comunicação e atribuíram 50% dos lucros da canção para Anka.

Confira também o novo trailer do filme do astro pop que será exibido em todos os cinemas no dia 28 deste mês.


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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um baita vozeirão!

“The Voice”, assim é conhecido o cantor e compositor norte-americano David Phelps, de 39 anos. Com a maior expressão vocal que já presenciei na vida, ele é dono de um talento inconfundível, indiscutível e foi considerado pela crítica o melhor tenor da atualidade. Nascido em Houston, no Texas, cedo começou a batalhar pela carreira. Formado em música, pela Baylor University, umas das Universidades mais antigas do Texas, Phelps, mesmo sendo premiado pela academia como o melhor vocal performance, já pensou em desistir por causa de problemas financeiros.

O engraçado é que com apenas 16 anos, quando tentava descobrir o que sabia fazer de melhor, ele decidiu se inscrever num concurso de talentos no colégio onde estudava e não deu em outra. “Estava tentando descobrir algo que eu fosse realmente bom, porque havia muitas coisas nas quais eu não era. Eu cantei uma canção. Estava tão inseguro que quando terminei baixei a cabeça e voltei para trás da cortina o mais rápido que pude. Num cantinho do palco eu escondido vi e disse: 'Oh meu Deus! Eles estão aplaudindo em pé! '. A partir disso eu disse a mim mesmo que aquilo seria algo que eu podia fazer”, relembra o cantor.

Os pais de Phelps pensavam que o menino poderia estragar a voz com a maneira que cantava. Eles diziam que se o filho havia optado por música, teria que “fazer direito o negócio”. Levou bronca dos pais: “você precisa de aulas de canto”, disse a mãe do tenor depois de ter ouvido o rapaz interpretar uma canção. Porém, o camarada do vozeirão, não se intimidou. Tomou tenência e foi para a Universidade de Houston ter aulas de canto com um professor, que considera ter sido maravilhoso e de grande proveito para o seu desenvolvimento vocal.

Já formado, mesmo assim a luta continuou, só que com uma diferença: o cantor esposado com Lori, com quem teve quatro filhos (haja filhos!) estava desempregado. O recém diplomado se viu numa situação bastante difícil. Chegou a se sentir "o maior vagabundo da face da terra" porque tinha esposa e uma cria pra sustentar. Entretanto, uma mulher sábia faz a diferença nessas horas. Tendo o apoio da companheira e amiga com quem se casou, o cantor decidiu de uma vez por todas se mudar para Nashville, considerada a cidade da música. “Nós oramos a semana toda. Eu já estava me sentindo um legítimo vagabundo e disse: ‘ok, isso precisa mudar’. Com fé, eu coloquei minha família dentro do carro e fui para Nashville. Mostrei o que sabia fazer de melhor, então, eu assinei com a Word Music e todas as portas se abriram”, disse o cantor em entrevista a uma emissora de televisão americana.

Literalmente todas as portas se abriram para o loirinho bom moço. A partir da assinatura com a gravadora, que tem total exclusividade sobre o cantor, a coisa foi andando e rolando como uma bola de neve. Em duas semanas de contrato assinado, ele se tornou o quarto integrante, o tenor, do melhor e mais popular quarteto de música gospel do planeta, o Gaither Vocal Band. E rendeu. “Foi um momento incrível! Depois destas duas semanas, eu já estava me apresentando para um público de 20 mil pessoas”. Ual! E não parou por aí, meus caros. Durante os sete anos que cantou no GVB, Phelps conquistou quatro prêmios Dove, considerado o Oscar da música gospel, dois Grammys, 13 discos de ouro e 15 discos de platina. O rapaz se fez. Em apenas sete anos, ele se tornou um dos cantores mais premiados da música gospel americana.

Em novembro de 2006, Phelps veio a São Paulo e mostrou o porquê é considerado um dos melhores cantores da atualidade. Eu que o diga. Mesmo com o caos aéreo, que estava mais em alta naquela época, valeu à pena chegar literalmente correndo para não perder um segundo do concerto. Foi simplesmente, incrível.

David Phelps continua cantando e encantando. Agora, em carreira solo, acaba de lançar o seu 9º álbum intitulado The Voice. Um álbum que traz releituras de grandes sucessos românticos da música americana como, Unchained Melody, trilha do filme Ghost, e I Want to Know What Love Is, sucesso da banda de rock Foreigner, além de Nessun Dorma, de Giacomo Puccini, que ficou conhecida na voz do tenor Luciano Pavarotti. Também acabou de sair do forno o CD/DVD de natal do loirinho chamado O Holy Night, que está recheado de belíssimas canções. O DVD é um show. Se você quiser adquirir o acervo do tenor, você pode comprar pelo site da loja virtual de CDs CD Point ou pelo site do cantor.

Acredite! Não tem como não apreciar o trabalho desse monstro do canto que tem um agudo de arrepiar.

Sem mais delongas... Corre para o youtube e vai assistir aos milhões de vídeos que tem dele por lá ou compra o CD/DVD.

I assume! David Phelps is my favorite singer.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Acredite: Eles voltaram!

Os Jackson 5 estão de volta! Pelo menos em áudio. Já ta circulando pela net uma música inédita dos irmãos Jackie, Tito, Randy, Jermaine e o ilustríssimo Michael Jackson. A canção “That’s how love is” é prévia de um novo CD do grupo que será lançado no dia 10 de novembro nos EUA.

A música é maravilhosa! Bate aquele saudosismo da época dos Jackson’s e do próprio rei do pop que se foi no dia 25 de junho. Confira a canção no site da banda.

Olha o repertório completo do CD:

1. “Medley: I want you back/ABC/The love you save (alternate version)"
2. “That’s how love is”
3. “Listen I’ll tell you how”
4. “Man’s temptation”
5. “Never can say goodbye (alternate version)”
6. “Love comes in different flavors”
7. “ABC (alternate version)”
8. “Love call”
9. “Buttercup”
10. “Lucky day”
11. “I’ll try you’ll try (Maybe we’ll all get by)”
12. “Dancing machine (alternate version)”

Agora é aguardar o lançamento do CD “I want you back! Unreleased masters” no Brasil.

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Teatro de Quinta é destaque e show de humor

Foram duas horas de muito humor e risada. Já quero começar este texto fazendo uma recomendação: Por favor, pelo amor de qualquer coisa, vá um dia, pelo menos um dia, assistir ao Teatro de Quinta (T.Q). Você não vai se arrepender e garanto: você vai se dobrar e ter dor de barriga de tanto rir; Até então eu só ouvia as pessoas falarem, comentários sobre a grandeza do espetáculo. Digo grandeza porque o negócio é de primeira, aliás, deveria se chamar “Teatro de Primeira” e não de quinta. (há há há sorria agora!). Tentei ser engraçado com este trocadilho, mas, deixa com eles que a risada é garantida: Milena Moraes, Igor Lima, Malcon Bauer e os convidados ilustríssimos, Daniel Olivetto e Renato Turnes, que fizeram dois dias de espetáculo, nos dias 8 e 9 de agosto, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), na Capital.

Breve histórico do T.Q
Vamos lá... eu vou contar um pouquinho da história desse grupo: Certo dia, no primeiro semestre de 2004, o Produtor, Renato Cristofoletti (Criador e Produtor do T.Q) idealizou acerca de um grupo de teatro que se apresentasse no formato stand-up comedy – Um estilo solo de contar piadas e de encenar. O jeito “cara limpa”, sem cenários, criado no final do século XIX, nos Estados Unidos. Já no Brasil, na década de 60, quem fazia o gênero era o ator e comediante, José Vasconcelos – Pois então... Cristofoletti resolveu se reunir com o ator Paulo Vasilesco (o cara que cede o corpo para que a diva mór Zuleika Zimbábue encarne) para a idéia do Teatro de Quinta. Mas a grande questão foi: Quem serão os componentes? Bem, de acordo com fontes que sabem tudo sobre T.Q, houve uns desencontros nas reuniões do projeto. No entanto, Cristofoletti não desistiu. Continuo firme e conseguiu agrupar, André Silveira, Monica Siedler, Igor Lima, Graziela Meyer e Gilbas Piva. Pronto. Formou-se o esquadrão. A guerra começou e estreou no mesmo ano, fazendo uma apresentação que durou três horas. É mole?! A partir daí foi só sucesso.
Desde a primeira formação o único sobrevivente da guerra é Igor Lima, que botou a boca no trombone e disse - “estou aqui no T.Q por uma fatalidade. Hollywood ainda não me chamou”. É. O cara não é fraco. Todo o charme e sutileza de Milena e o talento indiscutível de Bauer, ocuparam os lugares de Piva e Silveira, em 2005. É perceptível que houve uma rotatividade no elenco desde a estreia. “É até bom que nós tenhamos uma gama flutuante no elenco. Se faltar um, ou não der para outro comparecer, a gente chama um de fora para substituição”, afirmou a atriz e produtora Milena.

Público fiel

Confesso que foi minha primeira vez com o Teatro de Quinta. Mas pude perceber que há um público fiel que não resiste às apresentações, onde quer que eles estejam, esse público comparece mesmo. “Sempre que posso, eu vou assistir. Dou ótimas gargalhadas como se fosse o meu primeiro dia com eles”, foi o que disse a estudante, Cristini Moritz. Mas realmente, até eles mesmos confessaram que há uma grande abrangência do público e uma procura também, por isso há necessidade de sempre ter personagens novos ou convidados. “Tentamos não nos limitar. Estamos inventando constantemente e procuramos inovar para que não fique cansativo para o público que já assistiu uma vez”, falou e disse o único sobrevivente Igor Lima.


Participações mais que especiais
Renato Turnes e Daniel Olivetto foram os convidados super especiais dessa curta temporada no TAC. Como sempre muito engraçados e irreverentes. Turnes, famoso ator, diretor e roteirista do premiadíssimo Ângelo, O Coveiro, deu sua contribuição no show com quatro personagens: Sinhômoça – o protagonista, meio ou totalmente gay, da nova novela das seis de uma emissora redonda; o Tuiuiú – um especial sobre a vida sexual do pássaro, contado pelo apresentador Igor Lima, que deu uma de Sérgio Chapelin; e Valéria - a apresentadora de um programa de auto-ajuda, que deixa qualquer um com auto-estima lá em cima. Já aviso que o bordão dela vai pegar: Vem viver Valéria! O ator Daniel Olivetto também deixou recado com uns personagens marcantes: a simpática pré-candidata ao Governo do Estado, Elza Furtado – que apresenta propostas tentadoras para a alta sociedade. Ela pensa bem pequeno; O professor de Psicanálise bem “equilibrado das ideias”; e um apresentador de um programa que sorteia um camarada da platéia (vivido por Malcon Bauer) em que ele conta todas as mazelas que o chifrudo, digamos assim, anda vivendo, só que através de uma canção. Olivetto é musical.

O Show

Foram 14 personagens. Não vou destacar nenhum porque seria injusto. Mas tiveram momentos marcantes. A começar pela simpática Mixirica, vivida por Milena, que tem até um Hit meio funkeado, mais ou menos assim: “Mixirica eu eu eu, êêeu eu eu...”. Com direito a remix ao vivo e tudo. Muito engraçado.

Uma alusão “assombrosa” do filme O Chamado, por Igor Lima, que necessita de coca-cola para se comunicar. O contador de poesias belas do Brasil, por Malcon Bauer, que recitou: “Stephanie, absoluta!”. Já pode imaginar, não é?! Teve também o Wellington Luiz, interpretado por Igor Lima, um fugitivo do Morro da Costeira, que invade o Teatro. O índio Moema, representado por Bauer, que vive sendo enganado.

A autêntica Xuca marcou presença. Versão mais sincera e verdadeira de uma apresentadora infantil, vivida por Igor Lima. E Maria Marta, uma compulsiva que não assume de jeito nenhum suas compulsões. No final, um magnífico número musical com os grandes vencedores do Concurso de Dança de Joinville: Os 5 Jackson. Gente, muito bom mesmo. Eu comecei a matéria recomendando e quero terminar: Não deixe de ir ver esses caras. Eles são demais. Quero agradecer a todos esses atores maravilhosos que me receberam de braços abertos: Milena Moraes, Igor Lima, Malcon Bauer, Daniel Olivetto e Renato Turnês. Também ao Gilbas, que estava por lá e ao criador disso tudo, Renato Cristofoletti. Em nome deles, também agradeço ao Café das Artes, Academia Superação, Lule Dog, Vinil Filmes e Caleidostore. É isso. Quando você ver algum anuncio sobre o Teatro de Quinta, vá, corre lá que o riso é garantido.

Leia Tudinho...