domingo, 7 de fevereiro de 2010

Baixou a Sasha Fierce na Ilha Catarinense


Em Desterro, na quinta-feira (4), precisamente no Parque Planeta, na SC-401, Norte da Ilha de Santa Catarina, às 22h17, com um calor de cerca de 33º, baixou a entidade Sasha Fierce – ou o alter ego da cantora, que logo gritou: “Floripa!” para dizer que estava no local. Estou falando da maior diva pop da atualidade. Beyoncé. Aquela que ganhou seis grammys, no último domingo (31), e entrou para a história como a mulher que mais recebeu o gramofone numa noite.

A moça estava possuída na Ilha da Magia para a abertura da “I am... tour” no Brasil. Com 17 minutos de atraso, a musa pop levou ao delírio cerca de 25 mil pessoas que cantaram e suaram, mas suaram a camisa para vê-la.

Os primeiros acordes do show foram um trecho de “Deja vu”. No abrir das cortinas, de repente, com um modelito dourado, glamouroso, surge ela para cantar um dos primeiros sucessos da carreira solo: “Crazy in love”. O telão, que servia de cenário e cobria o fundo do palco inteiro, foi um show à parte. Vez em quando a bela cintura da moça aparecia. Há quem diga que algumas moças ficaram com inveja. Mas tudo estava digno de um mega show internacional.

O que também ficou bastante evidente foi um dos instrumentos principais da cantora: a voz. A americana mostrou que sabe cantarolar e ter o controle total do gogó no momento em que cantou “Ave Maria”, por mais que muitos tenham achado um tanto exagerado, não a voz, mas o vestido meio “virgem” da musa soul.

Os dançarinos também deram um show nas coreografias mega sincronizadas. Cerca de 15 bailarinos interagiam com a cantora em quase todas as músicas. Em um momento Beyoncé deu uma escorregadinha, mas nada que abalace a qualidade do espetáculo. A morena se levantou e continuo cantando e dançando lindamente como se nada tivesse acontecido.

A eletrizante banda Suga Mama, composta só por mulheres, deixou alguns músicos presentes embasbacados. Porque simplesmente arrasaram. Principalmente quando cada uma mostrou os seus dotes. O trio vocal (The Mamas) lembrava muito aquelas cantoras gospel de corais americanos. Tudo altamente sincronizado e, repito, perfeito.

Um dos pontos mais altos do show foi o sucesso da atualidade da cantora, “All The Single Ladies” (Put a Ring on It). No telão, apareceram diversas pessoas fazendo a coreografia que virou mania no youtube, inclusive, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Foi contagiante. O público também tentou dançar e mexer a mãozinha como pôde.

A diva pop marcou a história de Santa Catarina e disse que estava feliz por estar no Brasil. O final estava chegando. No mega telão, surge o maior astro da música pop mundial - Michael Jackson. Os acordes de “Halo” embalou a multidão que ouviu a cantora dizer: “ele influenciou a minha carreira”. Emocionante.

Como diriam os umbandistas “canta pra subir”. O povo não queria “cantar pra subir” não, mas a entidade Sasha Fierce subiu, as cortinas se fecharam e ela terminou dizendo: “I am... Yours”.

A única coisa que todos sentiram foi os cerca de 40 minutos de show que ficaram faltando. O que foi divulgado foram duas horas e meia de apresentação, mas o povo presente olhou para o relógio e percebeu que tudo tinha acabado alguns minutos antes. Mesmo assim, valeu a pena ter esperado a maior cantora pop da atualidade sacudir Florianópolis.

São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador que preparem o terreiro, porque Sasha Fierce vai baixar.


Não brilhou

O que infelizmente não brilhou na abertura da turnê da cantora no Brasil foi a falta de segurança. Vários delitos foram cometidos, como: furto, roubo, etc. O pior de todos os casos foi o roubo de um estacionamento inteiro com alguns carros roubados. Lamentável. Daqui a pouco divulgo números.

O preço da água era o que a maioria também reclamava. Antes do show da diva custava R$ 5 (E o preço estava estampado na camiseta dos vendedores ambulantes), depois que a mulher entrou para cantar a água passou a custar a bagatela de R$ 8 (Agora com os ambulantes desfilando com a camiseta do avesso. Por que será?).

Muitos murmúrios se ouviam também sobre o chão do local. Cheio de britas e super desconfortável. Quem era mais de estatura baixa, se caísse no azar de ficar num lugar mais baixo, estaria arruinado. Não conseguia ver quase nada. Vi muitos fazendo montinho da pedra fragmentada para ficar um pouco maior. Horrível.

Também ouvi dizer que houve bafafá – lê-se baixaria, barraco, confusão, no camarote. Eu garanto que também vi gente clamando por um ar condicionado no local. Ainda bem que LHS e esposa estavam lá e viram as condições do tão falado Parque Planeta que futuramente vai se tornar um condomínio de luxo. Se bem que não sei se notaram mesmo. Enfim, eles estavam se divertindo. Dia de folga.

Deu para notar que a ilha não está tão preparada assim para receber eventos desse porte. Há muito a se fazer.

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