sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O que fazer?

Ele, professor de espanhol, levanta todos os dias às 10h em ritmo frenético. Ela, empresária, tenta acordar às 7h30 e a irmã, designer instrucional, às 8h. No final desse dia estressante de trabalho que iniciou cedo, eles querem se encontrar para sair, colocar o papo em dia. Se divertir. Esquecer o dia maçante. Mas onde? Então, vem a discussão. Eles reclamam. Reclamam muito. É assim que Roberto Webber, e as irmãs Tatiane e Patrícia Azzolini, reagem quando o assunto é: o que fazer à noite no Centro da cidade depois de um dia rotineiro? “Praticamente temos que garimpar para achar um lugar”, é o que diz insatisfeito, Webber, de 23 anos.

A empresária, Tatiane, de 24, começa o dia com o intuito de ir à academia para ficar em forma como toda a mulher moderna e bonita. Bastante bem humorada, ela revela que “nem sempre consegue”. Porque às 10h, precisa estar linda, bela e loira no próprio negócio que tem há quase um ano, o Espaço Viés - uma loja descolada de roupas que fica no subsolo da Galeria Parthenon, no Centro da cidade. Para a jovem administradora, o expediente termina às 21h30. Cansada, embora não fisicamente, mas, daquele dia louco, ela sente a necessidade de “sair com os amigos”. E quando se juntam, além da bagunça que é notória e visível, eles procuram uns lugares, entretanto, para achar um, segundo o trio, é complicado. A batalha começa aí. Por isso, via de regra, eles chegam ao consenso de “não ter muita opção”.

A designer instrucional Patrícia, de 26, também tem uma rotina bastante corrida como instrutora de professores que lecionam para cursos a distância. Quando não, está sempre na correria para o Rio de Janeiro, lugar que ela escolheu para sair da tal “falta de opção”. No dia da entrevista, havia acabado de chegar de um passeio por São Paulo. O Roberto, que gosta de ser chamado de Beto, disse que existe “um certo abandono” das autoridades e dos empresários de casas noturnas. Falta de atenção e cuidado, sabe? “As pessoas preferem ir muito mais para a Lagoa (da Conceição) ou sair da cidade a ficar pelo Centro justamente por causa desses abandonos que a gente sabe que existe”. Com mais esse motivo, muitas vezes, o trio que costumeiramente sai junto, deixou de ir curtir a vida noturna no coração da cidade para também ir para a Lagoa. Não deu noutra.

Pois bem, o desafio desta reportagem foi achar vários “recantos”, “abrigos”, para ser mais claro, diversão, não somente para os esses jovens desbravadores, mas, para todo aquele que um dia reclamou da existência de bons lugares para, como eles dizem, “se jogar”. Vamos lá! O desafio foi lançado.


Tem de tudo um poucoO El Divino Lounge, localizado na Beira Mar Norte, é apropriado para todos os tipos. A casa noturna atende de terça-feira a domingo. A cada dia tem um tipo de público específico, sabe? De 18 a 70 anos mesmo. A música costuma variar do Hip Hop a Disco dos anos 70. Vários DJ’s produzem um som para que esses dias da semana fiquem mais animados ainda. Um deles é Franzino, pequeno no tamanho, mas quando solta o som, solta com grandeza, propriedade e identidade. Sim! A mesma identidade impressa na Black Music, o som que toca para o povo se animar. DJ Anão, como é carinhosamente conhecido. O El divino Lounge também oferece música ao vivo em eventos especiais. É um lugar repleto de atrativos para quem quer se divertir durante a semana depois daquele dia estressante e rotineiro.

Colorido e Eletrizante
Você chega à porta e já é abordado com um “e aí, meu amor?”. Ela vem cheia de brilho, cor e muito humor. É assim que a Drag Queen e Hostess, Selma Light, vai te recepcionar se um dia for ao Mix Café. A boate nasceu há 12 anos e anima a vida do público GLBTS da Ilha e de quem se sentir a vontade com o ambiente, nos dias de sexta e domingo. Localizado na rua Menino Deus, o lugar é propício para o som eletrizante que o DJ André HQ manda para o público. Em alguns casos isolados, a boate abre aos sábados para eventos de outros organizadores e também para uma festa específica para meninas. O Mix Café também é um lugar sugestivo para quem quer dançar até altas horas e encontrar gente de todo o tipo. A Selma Light te espera!


Diferente e atraente
“O povo que freqüenta aqui é inteligente, bonito, culto e endinheirado”, é assim que o ousado empresário Gil Eanes define o perfil das pessoas que freqüentam o famoso, para muitos, Blues Velvet Bar, localizado na rua Padre Roma. Lá o funcionamento é de quarta-feira a sábado. “Eventualmente acontece alguma coisa às terças-feiras como cinema ou música ao vivo, mas o povo sempre é avisado com antecedência”, fala o dono Eanes. O Blues é um bar com características muito particulares, a começar pelo público, que o proprietário afirmou ser “um show a parte” - o que realmente notamos-, a decoração do local, as músicas marcantes e as bebidas que os barmans, como o imbatível Asdrúbal, servem na bodega. Além de ser agradável, nas quartas-feiras, o negócio fica melhor ainda. Ela. Zuleika Zimbábue. Isso mesmo. A Macaca monstra e falante, diva freak da Ilha, chega com atrações para arrancar risos e contorcer pensamentos de qualquer cidadão. O quadro mais esperado da noite é a urna sexual - hora em que a sábia Zuleika tira as dúvidas sexuais dos espectadores. Fora os programas de alto padrão como o La Gonga – show de calouros, que a traveca apresenta uma quarta-feira por mês. Outra novidade do bar é a quinta Jazz. Acredito que seja o único lugar na cidade inteira que tenha jazz com bandas ao vivo. Vale à pena! A Zuleika ta doidinha para tirar tudo e todas as tuas dúvidas sexuais.


Para todas as tribos
Luz, animação e som alto: A Concorde Club, que fica na Avenida Rio Branco, vai te recepcionar assim. É outra opção interessante que está sempre repleta de gente. No começo da história da boate, em 2001, ela estreou como filial da Concorde Club da Itália. O dono não havia especificado quem iria frequentar, mas, com o passar do tempo, o público GLBTS tomou o lugar. A boate abre as portas para receber o público, não só gay, aos sábados e vésperas de feriado. “Uma vez por mês nós também abrimos as sextas-feiras, para uma festa chamada Perversion, voltada para mulheres gays. Agora, claro, todos podem participar”, completou o promoter, Leo Gross. A casa é bem diversificada. Muitos heterossexuais acabam indo até lá por não encontrar outras opções. Uns escolhem por causa da música, as meninas porque não gostam do assédio um tanto direto dos homens, outros por ser um lugar seguro, sem nenhum tipo de confusão. A Concorde tem alguns atrativos a mais como os Gogo Dancers, os DJs e, em dias especiais, alguns pocket shows com cantoras que estão no circuito da música house e eletrônica. Dá uma passadinha por lá e seja feliz!


O Canto do Noel Rosa
É impressionante o quanto esse bar tem história por toda parte. Sabe quando você entra num lugar e sente como se tivesse naqueles grandes pontos famosos de cidades do Brasil, a saber: Copacabana, Ipanema, Ipiranga e Avenida São João? Pois é. Para quem gosta de samba de raiz, bossa nova, jazz, blues, vinhos, feijoada e uma cerveja gelada, tem que ir ao Bar Canto do Noel. Situado na rua Tiradentes, não poderia ser diferente quando falei sobre “história”. Há 56 anos o bar embala a vida de boêmios, estudantes, políticos, jornalistas, músicos e afins. O grupo de amigos Tatiana, Rafael, Christian, Mauro e Christele são o belo exemplo de pessoas que freqüentam o bar e elegeram o lugar como o “ponto de encontro da amizade”. Esse “ponto de encontro” acontece há quase dois anos, todas às quartas-feiras à noite. “Aqui é um espaço democrático. Podemos discutir vários assuntos sobre política e história abertamente, sem censura. Gostamos não só por essa liberdade, mas também pelas músicas. Fora que é aconchegante!”, contou a empresária Tatiana Cidral, com o som de fundo da música, “Chega de Saudade”, de João Gilberto. Se um dia pretender ir ao Canto do Noel, que abre todos os dias a partir das 8h e tem entrada franca, além da Tatiana e os amigos dela, você vai encontrar muita gente! Do cenário poético, jornalístico, político, cultural ou intelectual da cidade. O bar já recebeu até mesmo a visita da cantora norte-americana Liza Minnelli. Também irá perceber o cuidado que o proprietário, Edson Golinho, de 62 anos, tem até mesmo com a decoração bem particular. Com fotos, inclusive, do dia em que a cantora Liza Minnelli juntamente com o poeta catarinense Luiz Henrique Rosa, estiveram se divertindo. Vai conferir! Você vai se sentir, no mínimo, um boêmio com gosto bastante apurado.

O trio de amigos, Roberto, Patrícia e Tatiane vão repensar em relação às “poucas opções” que disseram existir. Com tantos lugares a desbravar, tantas pessoas diferentes para conhecer, tantas variedades de músicas... O Beto e a Tatiane não podem mais reclamar nem da “solteirice” e a Patrícia, não vai mais precisar ir para o Rio de Janeiro... Agora é só escolher. Fora uns lugares que não ressaltamos, mas que também sabemos que são interessantes como a Cachaçaria da Ilha, Floripa Music Hall, Jivago, Ilhéus e tantos outros. Lugares têm! A não ser que o gosto deles interfira na hora de escolher o local apropriado para uma boa diversão. Fica a dica para os amigos e muitos reclamões de plantão. A Zuleika, no Blues, a Selma Light, no Mix Café, a diversidade marcante da Concorde, as diversas atrações do El Divino Lounge e o gostoso Canto do Noel te esperam para uma bela diversão. Agora só vai depender de você ir até lá.

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Música Sacra foi o som na Capital Catarinense

O final de semana esteve rico, culturalmente, aqui pela ilhota. Na sexta-feira (7), às 20h30, começamos muito bem a programação de espetáculos ouvindo música de excelente qualidade. O Polyphonia Khoros, juntamente com o octeto de cordas da Camerata de Florianópolis e o cravista Marcos Holler, apresentou um número extraordinário, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), depois de uma série de concertos por cidades do Estado.

Com a regência da simpática Maestrina, Mércia Mafra Ferreira, o grupo embalou a plateia por uma hora com canções de grandes compositores que são referências na música sacra/erudita, como: Vivaldi, Händel, Schulz, Haydn, Schubert, Mendelssohn, Mozart e Bach.

Acredito que ninguém, que esteve no TAC, tenha vivido na idade média – época em que eram comuns as músicas sacras em cultos religiosos -. Sabe por quê? Porque dava para ter uma noção real de como as coisas funcionavam nesses cultos repletos de músicas solenes e belas. Eu costumo dizer que são músicas limpas, sem ruídos. Inclusive, foi um dos esclarecimentos que o tocador de cravo (instrumento de corda e teclado), Marcos Holler, deu antes de começar o espetáculo. “Estas canções eram tocadas em cultos e missas religiosas”.

A adaptação, das obras desses grandes autores de música sacra, para um octeto de cordas foi algo ousado que deu certo. Eu observava o deleite de alguns, quando Lacrimosa, de Mozart, foi executada com o toque peculiar somente dos instrumentos de corda – primeiro violino, segundo violino, violas, violoncello, contrabaixo e o cravo -, além, claro, do coral maravilhoso de 31 vozes que se fez presente.

A maestrina Mércia explicou que o espetáculo levou alguns meses para ficar redondinho. “Esse projeto começou a se tornar real no primeiro semestre. A princípio com músicas brasileiras, depois com um musical da Missa da Coroação, de Mozart, e agora o terceiro projeto: o de música sacra”.

A maestrina também ressaltou a importância do incentivo cultural do Governo do Estado para que o projeto acontecesse e falou sobre novidades. “Agora, no segundo semestre, pretendemos montar um espetáculo de coro a capella. E no fim do ano uma Camerata da 9ª sinfonia do compositor alemão, Bethoven”.

As cortinas do TAC não poderiam se fechar sem antes o espetáculo encerrar com a clássica das clássicas da música sacra: Aleluia de Händel. O concerto terminou triunfante. Com uma bela apresentação que foi um verdadeiro deleite para os ouvidos e a alma. Ter esses sentimentos de bem estar é recomendável que se faça. Faz muito bem ao corpo e mente.

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La Gonga 2009

É isso mesmo, minha gente. Está marcado para abril a estreia do novo La Gonga – O Show de Calouros da Zuleika. Depois de muito sucesso, frenesi e meses de preparação, a diva freak anunciou, nesta sexta-feira (16), a versão 2009 do Show de Calouros.

É o seguinte... Com algumas modificações, o que eu posso adiantar pra vocês é que muita coisa maravilhosa vem por aí. O negócio vai repetir a dose da primeira edição, que ferveu até demais. Vamos pro que interessa: Os interessados em participar do Show de Calouros da divona, podem mandar email, com foto, para: lagonga2009@gmail.com.

A primeira seleção pública vai acontecer dia 18/03, quarta-feira, às 22h, lá no blues velvet – Rua Pedro Ivo, 147, Centro. Os candidatos podem enviar o email até 20h de quarta, com uma foto. As categorias são: individual, dupla ou grupo. O vencedor irá gravar um álbum exclusivo! É mole ou quer mais?!

Preparem-se! Vai começar o Show de Calouros mais polêmico da Ilha. O show especial La Gonga, versão 2009 turbinado, está marcado para o dia 04 de abril.

Corra e vá se inscrever!

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Capitulo 9

"Eu me recuso a fazer discos fáceis", disse o cantor, compositor, arranjador e instrumentista Ed Motta em entrevista a um programa de rádio.

O recém lançado álbum, Chapter 9, traz somente músicas em inglês. Toda influência Pop, jazzística e até mesmo rockeira do cantor, está sendo derramada em grande estilo neste novo trabalho.

Chapter 9 está sendo bem recebido pela crítica, ainda mais que Ed Motta foi ousado: deixou uma grande gravadora para se juntar a uma menor, a Trama, tendo controle total do seu trabalho, coisa que Ed sempre quis manter e o mais impressionante é que o cara tocou todos os instrumentos do CD.

Ainda que este novo álbum esteja vendendo pouco, a Trama está apostando no estudioso e acessível compositor de Manoel, Daqui pro Méier e Fora da Lei, músicas que lhe renderam consagração. Chapter 9 possui 10 faixas e pode ser baixado gratuitamente no site Álbum Virtual da Trama (http://albumvirtual.trama.uol.com.br) ou se preferir ter o disco em casa, ele está à venda em todas as lojas e custa R$ 22,90.

Ed Motta é Fora da Lei.

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Ney Matogrosso apresenta o show Inclassificáveis no CIC

“... Somos o que somos, somos o que somos, inclassificáveis, inclassificáveis...”, O performático, o camaleão, o emblemático e por que não o mitológico cantor Ney de Sousa Pereira (ex-integrante dos Secos & Molhados), mais conhecido por você e por mim como, Ney Matogrosso, de 67 anos, passou como um furacão na ilha com o show Inclassificáveis, na noite desta terça-feira (7), no Teatro Ademir Rosa (CIC). Certamente ele teria total liberdade para cantar o refrão em própria homenagem. Ficaria mais ou menos assim: “Eu sou o que sou, sou o que sou, inclassificável, inclassificável...”. Causando euforia às centenas de pessoas que lotaram o teatro, o cantor abriu o show com a música O Tempo Não Para. Com muita expressão e um olhar matador, uma de suas marcas registradas, o astro brasileiro surgiu como um deus Inca num figurino que brilhava mais que as próprias luzes do show, e claro, arrancou gritos e aplausos com a interpretação da música de seu amigo íntimo Cazuza.

Acompanhado pelos brilhantes músicos, Felipe Roseno (percussão), Junior Meirelles (guitarra, violão e vocal), Carlinhos Noronha (baixo e violão), Sérgio Machado (bateria), DJ Tubarão (percussão e pick up), e pelo também ex Secos & Molhados, Emilio Carreira (piano, teclado e direção musical), a banda demonstrou total sincronismo com o cantor. Percebe-se que neste espetáculo, a direção musical de Carreira explora bastante os instrumentos de percussão, mas tudo isso misturado ao Rock, pop, samba e a MPB. A sintonia de Ney com eles é perfeita. Algumas pessoas comentaram que esta é a melhor banda que já teve. Deu pra notar também, que o retorno ao rock e as coisas que já fazia há anos foi inevitável. No show se ouviu Cazuza, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes e Chico Buarque. Têm para todos os gostos. O espetáculo é sem dúvida nenhuma uma celebração de música, erotismo e exotismo.

O show tem bastante informação. A luz, que é assinada pelo próprio, o figurino, o cenário, a qualidade do som, fora a relação que visivelmente é perceptível do Ney com o público. É quase um caso de amor, uma relação sexual. Tanto é que o cara troca de roupa ali mesmo. Na frente de todos. E cada peça de roupa tirada lentamente corresponde a um grito. E a hora que este contato foi mais real, foi na interpretação inconfundível da canção Por que a Gente é Assim quando ele passeou entre a platéia. Foi mesmo para o povão. Muito bom! Delírio total! Outra cena marcante do show foi no momento em que ele interpretou o bolerinho Veja Bem, Meu Bem. Muito swing, muito rebolado e muita sensualidade foram deixados nesse momento. E o povo cantou junto do começo ao fim.

Sem exceção, todas as músicas interpretadas foram maravilhosas. É claro, a gente sempre tem aquela que marca mais, mas realmente, meus caros, este show do Ney foi completo. Redondo... “Nossa! Ele estava muito melhor que o primeiro (show) na Capital, há um ano. Achei ele muito mais animado e mais assanhadinho”, comentou a estudante Viviane Rocha. E ao final o cantor queria ir embora assim... Deu tchau, agradeceu muito, porém já imaginam o que aconteceu depois dele ter saído do palco não é?! O povo não arredou o pé. Gritamos (eu também gritei): Mais um, mais um, mais um... Ele teve que voltar! Encerrou o show com o tão aguardado bis. E foi de viver. Pro Dia Nascer Feliz foi a música que matou à pau e encerrou o show mais que pra cima! Daí levantamos, dançamos, teve gente que foi para a frente do palco, foi demais! Porém, só uma observação que não afetou em nada: Devido ao cansaço depois de 20 dias de gravação intensa do filme Bandido da Luz Vermelha, no qual Ney é o protagonista, e da turnê, que já está na estrada desde dezembro de 2007, ele tem direito de errar um pouquinho. No começo ele esqueceu a entrada da música, mas foi só um detalhe, o povo ajudou e vamo que vamo pular e aplaudir de pé porque o talento do Inclassificável Ney Matogrosso mais que merece. O recado foi dado. Saímos todos regozijando e ele só confirmou ser um dos maiores intérpretes do Brasil.

Novo Disco, novos projetos

Em entrevista exclusiva, Matogrosso adiantou que em maio vai entrar em estúdio para gravar um CD completamente diferente do Inclassificáveis intitulado por Beijo Bandido. O cantor contou que o CD vai ter clássicos da MPB. “Este CD vai ser gravado com um quarteto – Piano, Baixo, Cello e Violinho. Eu vou cantar coisas que ainda não havia cantado como, Fascinação, Tango para Tereza, algumas coisas também de Vila Lobos, uns bregas que eu adoro e vou terminar o CD com a música As Ilhas”, explicou. Com data ainda não definida para lançamento, eu posso adiantar a vocês que vem muita coisa boa por aí, o que já é de costume quando Ney assina em baixo.

Se existe alguém imaginando que o moço vai já se aposentar, ledo engano. Para alívio dos fiéis fãs ele ainda pretende atuar durante um bom tempo. O próprio disse por mais uns 15 anos. Ainda mais com o estilo de vida que leva. Então, para não morrer de curiosidade, perguntei o que ele faz para manter a forma física e o brilho da voz. “Eu faço ginástica, não tenho nenhum tipo de vício, não bebo porque não gosto, e por mais engraçado que pareça, eu não tenho nenhum cuidado específico com a voz. Eu apenas durmo. Durmo bastante”, afirmou o cantor sempre bem humorado e muito atencioso com seu público.

Ufa! Valeu à pena tudo. Agradeço ao Nani Lobo e a Eveline Orth pela atenção e por me levar até o cantor.

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Zuleika Zimbábue é o que há

A diva freak, a diva trash, a macaca falante, a macaca cantante, a inclassificável Zuleika Zimbábue, nasceu no coração da África Setentrional e voltou a este mundo para animar as nossas vidinhas, na ilhota. Sim! Ela voltou. Zimbábue, afirma ter sido queimada viva em praça pública após ter matado de susto um garotinho, quando trabalhava como macaca monga em parques e feiras. Com sérios problemas hormonais, a diva está há seis anos possuindo o corpo do ator Paulo Vasilescu. “Eu salvei a carreira dele”, diz a macaquinha.

Com humor inteligente e sem papas na língua, a diva dá um show na apresentação dos programas Rádio Zuleika e Zoológika, que tem o mesmo formato de programa de auditório com participação da platéia e com quadros super divertidos como o Caldeirão da Zuleika (pessoas com talentos duvidosos que são expostas a avaliação democrática do público para serem queimadas ou não no caldeirão), e a urna do sexo (momento em que a diva tira as dúvidas sexuais da platéia com sua vasta experiência).

A Casa da Boneca Bizarra, um curta dirigido por Renato Turnes, mostra um pouco da intimidade da diva e o esforço que ela faz em tentar emagrecer para se adequar aos padrões de beleza estabelecidos. Com o apoio da Vinil Filmes, o curta é uma visão estranha, distorcida e engraçada do mundo.

Outros dois grandes sucessos de audiência da macaquinha é o polêmico Uóscar, premiação para os melhores e os piores do ano, que você pode participar votando na comunidade da Zuleika no Orkut e o famoso La Gonga – o Show de Calouros da Zuleika, um programa musical em homenagem aos programas de calouros da televisão brasileira que dá espaço aos grandes talentos da cidade e o show à parte da diva mór, que chega chegando, com os seus Gongo Boys, composto por Ulysses Duprat (guitarra), Cisso Fernando (baixo) e Marcill Maltines (bateria). Pronto. O circo ta armado e o show vai começar! Muitos gritos, aplausos e um corpo de jurados composto por Ricardo Tromm Malandro, Karin Serafim Maravilha, Ligia Gastaldi Lima, Marcos Espíndola Piccinini, Fábio Brüggemann Montes, e o presidente do júri Renato Turnês de Lara. Completa o bafafá. Medo desse júri. Eles não deixam passar absolutamente nada. Por qualquer deslize (acredite!), o calouro é gongado e a buzina ressoa alta e estridente.

Zuleika Zimbábue, sempre muito animada e divertida, aguarda você para assistir a repescagem do La Gonga, que vai acontecer na próxima quarta-feira (19/11), às 21h, no Blues Velvet, na Rua Pedro Ivo, 147, Centro. Fora a repescagem, a você, meu caro leitor, que aguarde a final do La Gonga, do Uóscar e o retorno triunfante do novo show da Zuleika Zimbábue e os Gongo Boys. Este dia promete. A data e o local oficial da festa ainda não foram divulgados pela assessoria da diva, mas assim que tivermos alguma posição, nós vamos voltar aqui para deixar vocês antenados.

Zuleika Zimbábue é um show-woman.

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This Is It - o filme do astro

O filme/documentário só vai ratificar a genialidade desse grande artista que se foi muito cedo. A música pop viverá eternamente de luto.

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