sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Música Sacra foi o som na Capital Catarinense

O final de semana esteve rico, culturalmente, aqui pela ilhota. Na sexta-feira (7), às 20h30, começamos muito bem a programação de espetáculos ouvindo música de excelente qualidade. O Polyphonia Khoros, juntamente com o octeto de cordas da Camerata de Florianópolis e o cravista Marcos Holler, apresentou um número extraordinário, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), depois de uma série de concertos por cidades do Estado.

Com a regência da simpática Maestrina, Mércia Mafra Ferreira, o grupo embalou a plateia por uma hora com canções de grandes compositores que são referências na música sacra/erudita, como: Vivaldi, Händel, Schulz, Haydn, Schubert, Mendelssohn, Mozart e Bach.

Acredito que ninguém, que esteve no TAC, tenha vivido na idade média – época em que eram comuns as músicas sacras em cultos religiosos -. Sabe por quê? Porque dava para ter uma noção real de como as coisas funcionavam nesses cultos repletos de músicas solenes e belas. Eu costumo dizer que são músicas limpas, sem ruídos. Inclusive, foi um dos esclarecimentos que o tocador de cravo (instrumento de corda e teclado), Marcos Holler, deu antes de começar o espetáculo. “Estas canções eram tocadas em cultos e missas religiosas”.

A adaptação, das obras desses grandes autores de música sacra, para um octeto de cordas foi algo ousado que deu certo. Eu observava o deleite de alguns, quando Lacrimosa, de Mozart, foi executada com o toque peculiar somente dos instrumentos de corda – primeiro violino, segundo violino, violas, violoncello, contrabaixo e o cravo -, além, claro, do coral maravilhoso de 31 vozes que se fez presente.

A maestrina Mércia explicou que o espetáculo levou alguns meses para ficar redondinho. “Esse projeto começou a se tornar real no primeiro semestre. A princípio com músicas brasileiras, depois com um musical da Missa da Coroação, de Mozart, e agora o terceiro projeto: o de música sacra”.

A maestrina também ressaltou a importância do incentivo cultural do Governo do Estado para que o projeto acontecesse e falou sobre novidades. “Agora, no segundo semestre, pretendemos montar um espetáculo de coro a capella. E no fim do ano uma Camerata da 9ª sinfonia do compositor alemão, Bethoven”.

As cortinas do TAC não poderiam se fechar sem antes o espetáculo encerrar com a clássica das clássicas da música sacra: Aleluia de Händel. O concerto terminou triunfante. Com uma bela apresentação que foi um verdadeiro deleite para os ouvidos e a alma. Ter esses sentimentos de bem estar é recomendável que se faça. Faz muito bem ao corpo e mente.

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